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Fim de 2023

Bem, aqui vamos nós pra mais um fim de ano, mais um natal. Estou começando o texto do nada porque, a essa altura do campeonato, eu nem me cobro tanto mais por estar tão ausente assim nesse blog, mas, acreditem, o motivo é o seguinte: estou realmente vivendo.   Final de ano, natal, e sinto que conquistei tudo que podia nesse ano de 2023 e tenho expectativas grandes pra 2024 - assim espero, pelo menos. Pra começar que agora tenho um pouco mais de independência: tenho um trabalho, uma moto e uma CNH. Isso é um grande passo pra mim, acreditem. Esse natal foi marcado por bastante estresse, mas, apesar dele, ganhei um presente que julgo ser o melhor que eu poderia ter ganhado: uma arte. É um tipo de arte que não sei explicar e nem definir em palavras devido a tamanha complexidade de ser, mas é simplesmente algo que a gente apenas convive ao lado e sente toda tranquilidade e beleza que uma obra de arte nos passa. Poder admirá-la, poder entender sua história e tudo que a compõe tem sido uma da

Afobado

 Eu quero as coisas pra já, agora, nesse momento e instante. Quero me formar logo, quero ter a minha casa dos sonhos com minha esposa, adotar ou ter alguns filhos e bichinhos no quintal. Quero ter minha habilitação, uma moto ou meu carro com música para ouvir enquanto viajo durante a noite. Quero viver, quero sentir o que a vida tem pra mim agora, mas tem que ser já. Eu quero sentir que fiz tudo o que eu podia, quero sentir que a vida vale a pena viver todos os dias. Quero sentir a sensação de "ufa, deu tudo certo" logo. Agora.  Isso é o que passa na minha cabeça em um momento de ansiedade que às vezes vivo durante o dia. Ver as pessoas tendo suas conquistas e vivendo suas vidas, vê-las conseguindo o que querem faz a gente querer acelerar a vida, ultrapassar o nosso próprio tempo pra viver o futuro que queremos. E não vou dizer que "nossa, temos que viver o presente e aproveitar o momento/jornada até a linha de chegada" porque na prática a gente sofre bem mais. Eu t

O que fazemos pelo amor?

A ausência nesse blog é justificável, eu juro. Parece até que só apareceço aqui quando as coisas estão muito boas ou muito ruins, e talvez seja até um pouco verdade. Estou em um momento ruim.  Minha namorada terminou comigo e, agora, estou em um banho maria sem saber se iremos voltar ou não em um futuro. E é estranho porque, em qualquer outra momento ou relacionamento, eu já teria desistido porque eu simplesmente detesto esperar pela escolha de alguém, sabe? Acredito que deveria ser algo certo. Eu deveria ser a certeza de alguém, como sempre coloquei como um requisito pra relacionamento. Por algum motivo, porém, ainda estou aqui, inevitavelmente, esperando pela decisão dela. Eu não sei exatamente até quando vou conseguir lidar com isso até desanimar porque, de verdade, a indecisão cansa demais e a saudade é uma coisa dolorida, além da perda de tempo que é despediçar momentos que poderíamos estar juntos.  Acredito que nunca passei tanto por cima dos meus valores e dos meus ideais para m

Caia fora

Por favor, caia fora. Se te machuca, caia fora. Se te dói, caia fora. Se te faz se sentir culpado então... Já sabe: CAIA FORA.  Comecei o texto com essas frases pra poder deixar claro o quanto a gente precisa se valorizar em situações que coloca nosso amor próprio à prova. E não tô falando só de relacionamento amoroso não, ok? Isso se aplica à trabalho, amizades e até no âmbito familiar. Você se impressionaria (ou não, já que é tão comum) com a facilidade com que nos culpamos em situações em que não deveríamos nos culpar por simplesmente NÃO SERMOS CULPADOS. Temos mania de achar que precisamos nos encaixar em absolutamente qualquer lugar e, quando colocamos isso na cabeça, começamos a nos moldar e a nos mudar na intenção de agradar algo, alguém ou pra simplesmente fazer parte de alguma coisa.  A manipulação, principalmente quando causada por alguém narcisista, é uma coisa perigosíssima. A pessoa se coloca no centro de tudo e de todos, como se fosse algo especial, mas, na real, é uma po

De que somos construídos?

 Esse vai ser um texto muito clichê (como muitos outros que já escrevi aqui), mas fiquei com uma vontade enorme de falar sobre passado e essas coisas, então vamos lá.  Ontem eu tava conversando com minha namorada e relembrando uma viagem que fiz para a EPTV em 2018, e acabei me recordando de umas lembranças que me marcaram demais. Tem até uma foto dessa viagem, e nela estava eu: lá no canto, com a cara fechada ou sem uma cara específica, talvez eu só estivesse lá mesmo. Um cara assustadora, eu diria. Quem era eu naquela época? O que estava se passando com o Guilherme que existia naquele momento? Eu me lembro exatamente o que estava acontecendo.  Era um dia complicado - mal sabia eu que poderia piorar quando eu chegasse em casa -, não conhecia ninguém, estava deslocado e emocionalmente doente. 2018 foi um dos meus piores ano, senão o pior de todos, por diversos motivos que provavelmente já falei nesse blog. O Guilherme daquela época sofreu demais, passou por muitas coisas que não desejo

Os planos de "Algo Maior"

Hoje quero falar um pouco sobre os planos de "Algo Maior". Esse "Algo Maior" pode ser Deus, o universo, o destino ou o que se encaixar melhor pra você, leitor. Quero falar um pouco sobre frustrações, mas também sobre a recomensa da espera por algo além da nossa compreensão e do nosso controle.  Temos mania de pedir à Deus, ao universo ou a quem quer que seja e, na mesma hora, exigir um resultado ou uma resposta para nossas preces e orações. Somos tão impacientes, somos tão cabeça dura pra entender e tentar ao menos esperar. E eu entendo o quanto é difícil ter paciência e esperar por algo que ainda não é concreto ou visível ao nossos olhos, e é daí que vem aquela palavrinha curta, mas com um significado e importância imensa: fé. Fé, também sinônimo de confiança ou credibilidade, ou, segundo o livro de Hebreus 1:11, na bíblia: "... fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem." O problema é que nem sempre nossos plan

É preciso ter coragem para amar

Para amar é preciso ter muita coragem. Permitir-se demonstrar seus sentimentos ao outro sem nenhum filtro e sem nenhuma barreira. Amar é arriscar, tentar de novo e de novo, mesmo com o corpo e o coração cheios de cicatrizes de outras tentativas frustradas do passado, as quais geraram muitos traumas, dores e a falta de esperança no amor. Amar é deixar um pouquinho de nós no outro e permitir que ele também deixe um pouco dele em nós, permitir que ele também nos molde e nos transforme.  Apaixonar-se é algo que simplesmente acontece, mas o amor e o ato de amar é uma escolha, é algo a mais do que palavras bonitas ou paixão, algo tão efêmero. Nós escolhemos amar e respeitar alguém, apesar dos pequenos defeitos, apesar das inúmeras dificuldades que possam surgir ao longo da vida. Nós escolhemos nos dedicar, escolhemos demonstrar, escolhemos as melhores palavras para dizer aquilo que o coração está cheio. Nós escolhemos começar, continuar e até parar. Para amar é preciso ter calma, respeito e